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O apoio de um nutricionista pode evitar transtornos alimentares
img 08 fev/2018

O apoio de um nutricionista pode evitar transtornos alimentares

O acompanhamento de um profissional foi fundamental para a jornalista Daiana Garbin fazer as pazes com a comida

Os principais fatores de risco comportamentais para transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, de acordo com informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar, são dietas inadequadas, preocupações excessivas com o peso e insatisfação com o corpo.

Esses comportamentos foram vivenciados pela jornalista Daiana Garbin, que por 22 anos ficou aprisionada às dietas e considerou a comida uma inimiga. “Ao longo da minha vida, fui a vários nutricionistas. A minha relação com a comida virou um caos, pois cortei o açúcar, o carboidrato e a lactose e não tinha mais o que comer”, revela.

Há cerca de dois anos e meio, ela notou que a insatisfação profunda com o corpo podia ser um transtorno alimentar. “Quando percebi que perdi o controle sobre minha alimentação, decidi procurar ajuda”, conta. Daiana procurou uma psicóloga e passou por um tratamento multidisciplinar com psiquiatra e nutricionista. Foi diagnosticada com transtorno alimentar não especificado, quando há sinais de anorexia e bulimia.

A jornalista tomou remédios para emagrecer dos 16 aos 24 anos e, aos 23, teve depressão. Para não ganhar peso, ela usava métodos compensatórios, como remédios, diuréticos e laxantes, e fazia exercícios físicos em excesso. Ela ainda passou por cirurgias plásticas e procedimentos estéticos invasivos. “Acreditava que, quanto mais magra, melhor”, lembra.

A importância do nutricionista para o tratamento

Segundo Daiana, o apoio do nutricionista foi fundamental para entender que a relação com a comida e com o corpo não pode ser hostil. “É muito difícil se alimentar sem culpa e perceber que pode, até mesmo, ganhar certo peso, por isso a abordagem nutricional é essencial. Minha nutricionista mudou a minha vida”, comenta.

Hoje, a jornalista se sente bem com seu corpo e com a comida. “É necessário entender que a alimentação é para cuidar da nossa saúde e trazer prazer em alguns momentos. Também me permito comer pizza e tomar uma taça de vinho no domingo à noite e ir a um aniversário e comer brigadeiro”, revela.

Em outubro deste ano, Daiana lançou seu primeiro livro, Fazendo as pazes com o corpo. Ela também possui o canal Eu Vejo, no YouTube, no qual entrevista especialistas para discutir temas como o padrão irreal de beleza, a autoaceitação e os transtornos alimentares.

Texto da edição nº 15 da Revista CRN3, para conferir na íntegra, clique aqui